29.5.06

IMAGO – CLIX Micromovies

A Clix Micromovies é a mais recente área competitiva do IMAGO, festival que se realiza de 30 de Setembro a 8 de Outubro no Fundão. Esta secção é dedicada a vídeos até aos cinco minutos de duração, 30 MB de tamanho e realizadores até aos 35 anos. Os filmes

A Competição é destinada a vídeos que não ultrapassem os 5 minutos e os 30MB de tamanho e a realizadores com menos de 35 anos! Os vídeos, que podem ser enviados a partir de 30 de Maio e até 1 de Setembro serão escolhidos por representantes do IMAGO e do Clix com base na criatividade e na Clareza Técnica. O público escolherá também, através do site da IMAGO (www.imagofilmfest.com) e no do Clix (www.clix.pt) duas películas que se juntarão às restantes 20 a serem exibidas no certame.

Take One! 2006

A edição deste ano do Take One!, que integra o Festival de Curtas-Metragens de Vila do Conde, além da mostra competitiva de filmes recentes vindos de várias escolas portuguesas, inclui ainda um secção retrospectiva – este ano da Academy of Media Arts, de Colónia - , uma mostra de filmes para telemóveis e vários workshops. A programação e as actividades do Take One! 2006 podem ser consultadas em : www.curtasmetragens.pt

Curtas Hospital Júlio de Matos

Já foram escolhidas as curtas-metragens que estarão a concurso no 2º Festival De Curtas-metragens Do Hospital Júlio De Matos, que decorre de 4 a 6 de Junho. O tema deste ano é “O Corpo e o Afecto” e os filmes presentes são: “Documento Boxe” (Miguel Clara Vasconcelos), “Of. Balance” (Edgar Santinhos e João Biscaia), “Comer o Coração de Vera Mantero e Rui Chafes”, (Inês Oliveira), “Com uma Sombra na Alma” (Fernando Galrito e João Ramos), “A Minha Mãe é Pianista” (João Rosas), “Sob a Pele” (Mariana Reis), “Logro” (Rita Figueiredo), “Não Ouves Ladrar os Cães” (Francisco Moreira), “No Início” (Pedro Pinho), “Um Homem” (Laurent Simões), “História Trágica com Final Feliz” (Regina Pessoa), “Vinni”(Sandra Rocha), “LMS” (Nuno Baptista, Paula González e Maria Carita), “Alda” (Miguel Coelho), “Os Caminheiros” (Luís Campos Brás) e, “Falta-me” (Cláudia Varejão). As sessões diárias são únicas. A de dia 4 realiza-se às 18h00 e as de dias 5 e 6 às 21h00. A entrada é livre.

Cinema Na Maria Vai Com As Outras

A Maria Vai Com As Outras, Um Espaço Situado Na Rua Do Almada, No Porto, Está A Levar A Cabo O Ciclo Textura Da Sede. Dia 9 De Junho É Exibido “Coffee And Cigaretts”, De Jim Jarmusch E A 30 “Conto De Outono”, De Eric Rohmer.

DOC'S KINGDOM 2006

O DOC'S KINGDOM - Seminário Internacional Sobre Cinema Documental, decorre de 13 a 18 de Junho, em Serpa. Presentes estarão Pedro Costa, Pierre-Marie Goulet, Keja Ho Kramer, Catarina Mourão, Pedro Sena Nunes, Rahul Roy e Frederick Wiseman. Mais informações em: www.apordoc.ubi.pt

17.5.06

CineMaxime de Regresso

O CineMaxime está de regresso. A pelicula, um filme malandreco, série z erótico, de Tinto Brass. "Salon Kitty" passa hoje, às 23h00 na sala da Praça da Alegria.

8.5.06

Corta 2006


O Corta, Festival Internacional de Curtas Metragens do Porto decorre de 18 a 20 de Maio, no Auditório da Biblioteca Almeida Garrett, no Palácio de Cristal. Além das muitas curtas-metragens a concurso – o programa completo pode ser consultado em www.corta.pt – haverá um concerto dos Corker Conboy (dia 20 à 19h30) e quatro filmes musicados (dia 19, às 16h30). A ideia dos filmes musicados é haver músicos que, durante a exibição do filme, recriam e desmontam a banda sonora original da película. Assim @c trabalhará “Blue Velvet” (1986) de David Lynch (música de Angelo Badalamenti); Rui Azul “An American in Paris” (1951) de Vincente Minnelli (música de George e Ira Gershwin); i ”Dead Man” (1995) de Jim Jarmusch (música de Neil Young) e Tchakare Kanyembe “The Man With the Golden Arm” (1995) de Otto Preminger (música de Elmer Bernstein). A entrada tanto no concerto como nos filmes musicados é livre.

Curtas do Hospital Júlio de Matos 2006

A segunda edição do Festival de Curtas Metragens do Hospital Júlio de Matos terá lugar nos dias 4, 5 e 6 de Junho. O certame apresentará a concurso curtas-metragens portuguesas produzidas em 2005 e 2006. Haverá um filme por dia, exibido no anfiteatro do Hospital, pelas 18h00 (dia 4) e 21h00 (nos restantes dias).

O Cinema e a Justiça – Festival no Batalha


Esta a decorrer até dia 1 de Junho, na Sala Bebé, no Cinema Batalha o festival O Cinema e a Justiça mostra que inclui filmes e debates relacionados com o tema. O programa é o seguinte: dia 11 “Match Point” e debate com Paula Faria (professora universitária), Roma Torres (psiquiatra), Almeida Pereira (procurador da República) Gil Carvalho (coordenador PJ), Jorge Velhote (escritor/cinéfilo); dia 18 “Mar Adentro” e debate com Luísa Neto (professora universitária); Lauro António (cineasta); Bento Amaral (enólogo); Laurinda Alves (jornalista); Padre Vasco (companhia de Jesus), Daniel Serrão (médico e professor universitário); dia 25 “O Júri”, debate com Cristina Xavier da Fonseca (magistrada judicial) Cristina Queirós (professora universitária), Teixeira Lopes (sociólogo), José Carlos Oliveira (cineasta) e dia 1 de Junho “Relatório Minoritário” seguido de debate com José Meirinhos (filósofo); Carlos Melo Ferreira (professor universitário); Mouraz Lopes (magistrado judicial), Maia da Costa (procurador geral adjunto). Todos os filmes começam às 19h30 e os debates às 22h00.

IndieLisboa 2006 - Mutual Appreciation de Andrew Bujalski


De um modo simplista poderíamos dizer qualquer coisa como “Cassavettes encontra-se com Woody Allen no século XXI”. Mas as coisas nunca são assim tão simples. O filme de Andrew Bujalski, rodado num preto e branco granulado como já não é moda, segue a história de três amigos, um casal jovem e um amigo músico que se muda para a sua cidade. Entre as atribulações do dia a dia de cada um e a evolução das relações, este filme ergue-se em sequências de situações que poderiam ser quase banais se não tivessem respiração e humor únicos. Os diálogos surgem com naturalidade mas percebe-se que são construídos com uma originalidade pouco comum. Descontraído e inteligente, divertido e (também) inquietante, poderíamos eventualmente classificar este filme de “comédia romântica”, se este rótulo não estivesse tão mal conotado nos tempos que correm. As referências acima indicadas – Woody Allen, John Cassavettes - podem dar uma leve ideia do que se pode esperar, mas apesar de todas as alusões que possam surgir há notar: aqui há um universo muito particular, irresistível. NOC

IndieLisboa 2006 - Mary de Abel Ferrara


A temática religiosa é recorrente, pelo menos a um nível subconsciente, na filmografia de Abel Ferrara. Neste “Mary” o assunto é abordado frontalmente, a partir de três personagens. Um realizador de cinema (Matthew Modine) que acaba de rodar um filme sobre a vida de Cristo perde a noção dos limites da sua megalomania e leva a actriz principal do seu filme (a cada vez mais bonita Juliette Binoche) a transformar-se na sua própria personagem – Maria Madalena. A actriz abandona o seu estilo de vida confortável e muda-se para Israel, para viver na plenitude a sua religiosidade. Em simultâneo, um jornalista televisivo (protagonizado pelo soberbo Forrest Withaker) religiosamente céptico mas habituado a desenvolver entrevistas sobre o tema da espiritualidade, começa a questionar o seu modo de vida após uma inesperada tragédia pessoal. À medida que as incertezas crescem, impõe-se a necessidade da fé. A O realizador não utiliza o filme como meio para transmitir uma opinião pessoal, apenas vai enviando sinais em várias direcções. O ambiente “carregado” favorece a reflexão e esta abordagem da religiosidade não deixa os espectadores indiferentes, quer sejam crentes ou agnósticos. NOC

IndieLisboa 2006 - Twelve And Holding de Michael Cuesta


Entre a meninice e a idade adulta, é durante a adolescência que se desenvolve um gradual leque de descobertas e, consequentemente, surgem novas confrontações psicológicas. Durante esta fase os pequenos problemas ganham dimensões gigantescas, pequenas questões de importância menor são infinitamente dramatizadas. É neste território de difícil caracterização que o americano Michael Cuesta tem desenvolvido o seu trabalho cinematográfico, primeiro através de “L.I.E” e agora com este “Twelve and Holding”. Neste novo filme há três histórias paralelas. Em primeiro plano está Jacob, um rapaz a quem a morte do seu irmão gémeo deixou num perigoso labirinto psicológico, perdido entre a culpa de poder ter feito alguma coisa para o salvar, a senso racional de perdoar os culpados e a vontade natural de vingança. Leonard, um rapaz que decide lutar contra a sua obesidade, tem de se impor contra a família. E há ainda Malee, uma pequena rapariga que alimenta uma paixão platónica com um operário da construção que é cliente das consultas de psicologia da sua mãe. São estas três histórias que guiam o filme, interligadas na amizade dos três adolescentes. Com uma proximidade reverente, mas sem ceder à tentação de se tornar demasiado juvenil, Cuesta constrói um filme que vive em tensão constante. O humor é usado permanentemente em algumas personagens, o que aligeira a carga dramática. NOC

IndieLisboa 2006 - Longing de Valeska Grisebach


Numa pequena aldeia vive um homem casado, apaixonado pela sua mulher. Uma certa noite, uma noite de copos numa cidade vizinha, o homem acaba por se envolver com outra mulher. O homem regressa a casa e percebe que é feliz com a esposa, mas não resiste a encontrar-se esporadicamente com “a outra”. Retratando o ambiente de pequena aldeia nos seus peculiares pormenores este é, mais que tudo, o retrato possível de uma relação. O filme de Valeska Grisebach vive desse mar de incertezas do marido infiel, no duelo interior entre a dúvida e desejo, sem optar por julgamentos morais. O tom desbotado da fotografia acrescenta rugosidade ao filme, já de si caracterizado pela economia de diálogos, mas que ainda assim balança num tom levemente humorístico. O excesso (dramático) do final despega-se um pouco da lógica equilibrada que caracteriza este filme, uma primeira obra fora do comum. A utilização de um grupo de actores não-profissionais é um pormenor técnico que no decorrer do filme passa despercebido, o que para este caso é óptimo. NOC